Na sociedade atual, graças às descobertas científicas que tiveram lugar nos últimos 100 anos, as atividades do dia–a-dia tornaram-se cada vez mais fáceis. Como exemplos, podemos citar a deslocação até ao local de trabalho ou a subida até ao 4º andar de um prédio, que passaram a ser feitas através de recursos mecânicos (automóvel e elevador, respectivamente).
Em termos econômicos, podemos chamar a isto eficiência, pois o mesmo objetivo pode ser alcançado com menor dispêndio de recursos (como o tempo). Aparentemente, a vida moderna parece muito melhor que a dos avós dos nossos avós. Tudo é mais fácil. Não temos que nos preocupar com tarefas pouco importantes e podemos dedicar-nos ao exercício da atividade intelectual.
Não obstante, os últimos 100 anos demonstraram que o sedentarismo é algo a que o ser humano não está habituado e, como qualquer organismo vivo, adapta-se a essa nova situação.
O grande problema reside nessa adaptação, que se manifesta das mais variadas formas: obesidade, hipertensão, colesterol e triglicerídeos elevados, diabetes tipo II e doenças cardiovasculares, entre outras. Para fazer face a estes problemas de saúde pública, que em alguns países (como os EUA), atingiram proporções epidêmicas, vários cientistas investigam e associam-se, realizando congressos, onde publicam os seus trabalhos.
A grande conclusão a que todos chegaram é que a prática regular de atividade física, combinada com uma alimentação adequada (tema a abordar num futuro artigo) previne e revertem os problemas de saúde atrás referidos.
Para melhor compreensão, apresenta-se uma lista dos benefícios obtidos pela prática regular de atividade física:
- Melhoria da função cardiovascular e respiratória
- Redução dos fatores de risco para doença da artérias coronárias
- Diminuição de incidentes mortais provocados por doença cardiovascular
- Diminuição da incidência de doença das artérias coronárias, cancro do cólon e diabetes tipo II
- Diminuição da massa gorda e manutenção ou aumento da massa muscular
- Aumento da massa óssea e/ou prevenção da sua perda (prevenção da osteoporose)
- Aumento da força muscular
- Aumento da resistência de tendões e ligamentos
- Aumento do metabolismo em repouso
- Melhoria da função imunitária
- Atraso de certos processos do envelhecimento
- Aumento da sensação de bem-estar e da auto-estima
- Melhoria dos estados de depressão e ansiedade
Para obtenção dos benefícios descritos, o American College of Sports Medicine (associação, que apesar do nome, integra cientistas de todo o mundo) determina que se realize, no mínimo, 30 minutos de exercício diário (que pode ser uma simples caminhada) durante 4 ou mais dias por semana.
Em suma, se pretende ter uma vida saudável, seja mais ativo: vá a pé para o local de trabalho, utilize as escadas em vez do elevador, passeie com o cão, ande de bicicleta, ou realize qualquer outra atividade física que seja do seu agrado (ficar no sofá a pressionar os botões do comando não conta).
Artigo elaborado por Pedro Bastos – Portugal
Personal Trainer e Instrutor de Musculação e Cardiofitness
Diplomado pelo CEF (Centro de Estudos Fitness) e pelo CEFAD (Centro de Estudos e Formação de Actividades Desportivas)
Fonte: 3Fitness.com
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